Ex-assessor de deputado é denunciado por seis mulheres por crimes como agressão, cárcere privado e tentativa de feminicídio

  • 26/03/2024
Duas das mulheres foram ouvidas pelo RJ2. Uma delas, disse à polícia que foi mantida em cárcere privado por Henrique César de Oliveira Ferreira, em Nilópolis. Ele nega as acusações. Ex-assessor de deputado da Alerj é alvo de denúncias de agressão Henrique César de Oliveira Ferreira, ex-assessor de um deputado da Assembleia do Rio, está sendo denunciado por seis mulheres por crimes como agressão, cárcere privado e tentativa de feminicídio. Duas das mulheres foram ouvidas pelo RJ2. Uma delas disse à polícia que foi mantida em cárcere privado por ele, em Nilópolis, na Baixada Fluminense. A outra mulher mulher conta que as agressões começaram quando ela descobriu que ele mantinha relacionamentos paralelos. “Eu sentei com ele e conversei. Falei para ele que isso não dava para mim. Aí foi quando ele começou já a me agredir. Ele começou a falar que ia ficar comigo, sim. Que eu não iria ter paz se eu largasse ele. E que ele era capaz de fazer coisas que ele nem imaginava. Aí começou. Foi onde ele começou a dar soco na costela, tapas", conta "Eu tinha medo porque eu tenho um filho pequeno. Eu sempre tive uma família acolhedora mas quem iria ficar com o meu filho? O amor de mãe ninguém consegue tirar. E aí eu tinha medo do que ele poderia comigo, e eu ter que deixar o meu filho", acrescentou. As agressões a essas duas vítimas ocorreram com três anos de diferença, segundo as denúncias. A agressão mais recente atrubuída a Henrique foi na semana passada. Foi ela que contou que o agressor a manteve em cárcere privado. "A gente saiu de um lugar que a gente frequentava em Nilópolis. Não teve briga, não teve discussão. Ele só queria que eu dormisse na casa dele, eu falei que não, que eu tinha que ir para casa, que eu tinha que trabalhar e minha filha tinha que estudar. Ele me levou pra casa dele, contra a minha vontade, e lá começou a tortura. Ele trancou a porta da casa dele, me levou para o quarto dele, me asfixiou por várias vezes. E da última vez ele ficou um bom tempo e ele só me soltou quando eu desmaiei", lembra. O apoio a esta mulher veio da mãe que decidiu expor o homem que tentou matar a filha dela em uma rede social. Outra mulher que diz ter sido vítima do mesmo agressor se manifestou e elas conheceram. "Eu tinha marcas no rosto, a marca da mão dele ficou no meu rosto", lembrou a segunda mulher. O que acabou surgindo foi uma série de casos de agressão, todos atribuídos ao mesmo homem. O primeiro registro foi em 2021. De lá pra cá, são pelo menos seis registros na polícia, medidas protetivas, exames de corpo de delito que comprovaram as agressões e mesmo assim, nenhum inquérito foi adiante. Outro ponto comum entre essas duas vítimas foi a forma como foram recebidas na delegacia. "Eles falaram que era lesão corporal, mesmo comigo relatando tudo o que aconteceu", disse uma vítima. "Eu falei que ele estava na minha casa. O delegado queria que eu voltasse para a minha casa, onde ele estava, e lá chamava uma viatura que a viatura ia fazer um RO e de lá eu seria encaminhado para a delegacia", lembrou outra. "O que a gente quer fazer agora é alterar o que foi feito em sede policial, que eles imputaram o crime de lesão corporal, quando na verdade foi uma tentativa de feminicídio, para que a gente possa prosseguir com o processo, com todas as vítimas. Estamos tentando unificar o processo, porque são vários registros de ocorrência, que não se interligam e assim caem no esquecimento", diz a advogada Bruna Teixeira. Os casos vão ser acompanhados pelo Conselho de Direitos da Mulher, que questiona a forma que as mulheres foram atendidas nas delegacias. Mesmo com todos os casos registrados, henrique foi diretor de harmonia da Beija-Flor de Nilópolis e foi afastado na semana passada, assim que a escola tomou conhecimento das agressões. Ele também foi denunciado na Assembléia Legislativa, onde foi assessor parlamentar do deputado Rafael Nobre, do União Brasil, entre fevereiro e maio de 2023. "Tenho pavor dele. Eu não frequento mais os lugares onde acho que ele pode estar", diz uma das vítimas. "Quero que ele seja preso", diz outra. O que dizem os citados Henrique César de Oliveira negou as denúncias e disse que está a disposição da polícia. O deputado estadual Rafael Nobre informou que não tem conhecimento sobre a vida privado do ex-assessor desde que ele deixou o cargo. A Polícia Civil diz que as denúncias de que as vítimas não foram bem tratadas na delegacia não são compatíveis com as orientações que os agentes recebem e disse que os fatos dessa natureza devem ser encaminhados para a ouvidoria da corporação.

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2024/03/26/ex-assessor-de-deputado-e-denunciado-por-mulheres-por-crimes-como-agressao-carcere-privado-e-tentativa-de-feminicidio.ghtml


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